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Quando entendi sobre pausar a mente

Oiê, olha eu por aqui. Hoje vim trazer uma experiência incrível que tive sobre silenciar a mente, mesmo diante de tantos falatórios, energia negativa e hostilidade nas redes sociais. Vamos lá?

Em 2018 estava num evento de desenvolvimento humano, e nesse incrível evento haviam pessoas do Brasil inteiro, os melhores na área de RH, Desenvolvimento e Treinamento. Foram dois dias incríveis pois fiz amizades super atenciosas e aprendizados que carrego até hoje e compartilho nas mentoras, palestras e treinamentos que aplico nas empresas.

Nessa interação conheci um jovem profissional que me convidou para fazer um teste de um protocolo de meditação (mindfulness) aqui em São Paulo. Eu passaria três meses entendendo e aplicando o mindfulness em mim com a mentoria da Ala Shermann, vocês já ouviram falar dela? Uma mulher polonesa que chegou ao brasil e revolucionou os programas de televisão, ensinando ginástica. Eu me lembro bem dela.

Bom, lá fui eu aprender como acalmar minha mente, adianto, é um protocolo de atenção plena. É uma maneira de começar a incorporar práticas meditativas em nosso dia a dia. E de agora em diante você vai ter a oportunidade de saber um pouco mais dessa técnica que me fez tão bem. Adianto que a melhor parte de aplicar o mindfulness é que você pode estar em qualquer lugar, não precisa sentar no chão e dobrar os pés, você só precisa de presença.

Mindfulness quer dizer, atenção plena, quando estamos atentos, despertamos para o que nossos sentidos querem nos dizer, e se estamos no automático, não conseguimos captar esse despertar e muitas coisas acabam saindo de sintonia e nós acabamos não entendendo o por quê.

Para estarmos atentos, precisamos perceber os detalhes dos acontecimentos, tal como são, sem julgamento e comparação. Essa é a parte mais difícil para todos nós. Como viveremos num mundo cheio de hipocrisia? Coisas erradas, sem julgar ou comparar? É possível, acredite.

A meditação da atenção plena vem se desenvolvendo a longos anos, mais de 2500 anos atrás e sua filosofia você pode encontrar as raízes na filosofia oriental. Atualmente é uma prática recomendada no sistema de saúde de muitos países, nas áreas sociais, escolas e muitas empresas aplicam e tem horário para os colaboradores praticarem a atenção plena.

A atenção plena têm como princípios, as quatro nobres verdades, originárias do budismo e têm sido utilizado com êxito em escolas como programas de ensino. É importante que você saiba que aprendendo essa ferramenta você não sairá um budista e sim uma pessoa com mais atenção plena para acalmar sua ansiedade e ter mais paz de espírito.

Existem psicólogos que atendem através da terapia cognitiva com base na atenção plena(MBTC – Mindfulness-based CognitiveTherapy que ajudam na prática da terapia cognitivo comportamental (TCC) desenvolvida no Reino Unido e no Canadá por Mark Williams.

Ter atenção plena é na verdade uma prática que fazemos desde a infância, quando estamos plenamente atentos, é nesse momento que percebemos os detalhes nas brincadeiras, nos movimentos no parquinho, nas relações com nossos amiguinhos, sem julgamento-los ou compara-los. As crianças, na infância praticam muito. Mas quando chegam na vida adulta, tudo muda.

E agora que já sabe um pouco sobre Mindfulness, vou te contar sobre os 3 meses praticando, o que me aconteceu. Especialmente com meu marido, em minhas relações interpessoais e nos momentos mais conflituosos dos meus dias.

Eu chegava no espaço e a Ala Shermann já colocava uma música relaxante e nos explicava sobre o que faríamos naquela noite. Nós poderíamos ficar sentadas, deitadas no colchonete no chão ou da forma que melhor nos sentíamos. Tudo sem julgamento e comparação.

Uma pausa para eu te explicar que existem três camadas da experiência. Nossa mente insiste em nos levar para a camada conceitual externa, a dos pensamentos sobre significados e associações. Praticando a atenção plena você acaba percebendo como nossa mente é construída por nossa experiência direta com histórias e rótulos que acabam nos direcionando para lugares bem longe e nos desconectam de nós mesmos e do momento presente. A atenção plena nos ajuda a nos trazer de volta e manter nosso interim estável e presente.

Algumas sugestões para você começar a se familiarizar com essa atenção plena e mudar toda a estrutura da sua mente e trazer de volta a sua paz interna. Esses são os primeiros passos para sintonizar com o estar sentado simplesmente.

1- Por 5 minutos sente-se da melhor maneira, coloque a palma das mãos encostadas na coxa, viradas para cima, coluna ereta sempre se estiver sentada, pés em contato com o chão, nádegas na cadeira ou almofada. Há alguma sensação de pressão ou de dureza ou maciez no seu sentar?

2- Feche os olhos, você consegue sentir alguma diferença no seu corpo, temperatura entre as partes do corpo e as diversas superfícies que elas estão tocando?

3- Seu corpo parece pequeno ou grande em comparação com a cadeira em que você está sentada? Perceba, isso é atenção plena.

4- Você consegue ouvir algo? quais os sons que está ouvindo?

5- O que mais você percebe em continuar sentada por mais alguns minutos? Calma ou impaciência?

6- Você não precisa alterar nada nessa experiência. Somente observe, sem julgar ou comparar.

Há quem diga que a atenção plena é simplesmente enxergar com clareza o que está acontecendo ao nosso redor e a gente passa a vida no automático, sem ouvir os sons ao nosso redor com atenção plena.

Uma sugestão que deixo aqui para vocês que irão ler esse texto em algum momento é: Na próxima vez que forem beber água, concentre-se na água descendo em sua garganta. Dá próxima vez que for almoçar, concentre-se nas diversas cores do seu alimento, no paladar e contemple o sabor dos diferentes pratos. E a última sugestão é: Fique nas pontas dos pés por alguns segundos e sinta, de verdade, o peso do seu corpo, os desconfortos no momento em que estão acontecendo. Para tudo isso, respire fundo 3 vezes antes de praticar.

Poderia ficar aqui e falar a vocês que na última aula tive que oferecer um chá ao meu amigo, com todos os detalhes, desde uma xícara e um pires até a escolha do chá que ele gostaria de beber, tudo isso com vagar, colocando a mesa, esquentando a água e servindo ele. Cada um do curso fez a mesma prática com atenção plena, apenas praticando exatamente o que estávamos a oferecer, nossa atenção, empatia e capacidade de nos conectar com pessoas diversas de nós. Vai tentar?

Qualquer dúvida sobre atenção plena, me chame. Esse texto não têm a intenção de lhe ensinar a praticar e sim de lhe trazer curiosidade para aprender a voltar para sua casa, quando estiver muito no automático. Boa sorte!

Fonte: A revolução Mindfulness

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